quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A importância da relação Escola/Família



A família é a primeira e principal responsável pela educação da criança, porém a educação para a primeira infância/educação pré-escolar está profundamente ligada a todo o processo educativo, já iniciado pela primeira. Desta forma, como educadores, devemoa assegurar uma articulação entre a instituição educativa e a família, de modo a que esta complementaridade funcione e se reflicta no desenvolvimento global da criança. Todavia, cabe também aos pais mostrar interesse e disponibilidade em participar, directa e indirectamente no trabalho desenvolvido pela escola. Consideramos fundamental conhecer as expectativas educativas dos pais, assim como, ouvir as sugestões dos mesmos.

Relação Escola-Família

Como é que os pais se devem envolver no processo educativo dos filhos?
Qual a importância da relação entre a escola e a família no processo de desenvolvimento do educando?

O Decreto-Lei nº 30/2002 de 20 de Dezembro atribui um papel especial aos pais e encarregados de educação havendo uma co-responsabilização com escola:

• Acompanhar activamente a vida escolar do seu educando;
• Articular a educação na família com o ensino escolar;
• Procurar que o seu educado beneficie dos seus direitos e cumpra os seus deveres, como a assiduidade, o correcto comportamento escolar e o empenho no processo da aprendizagem;
• Participar na vida da escola e do projecto educativo;
• Colaborar no processo de ensino e de aprendizagem dos seus educandos;
• Contribuir para a preservação da disciplina na escola;
• Integrar activamente a comunidade educativa, informando-se e informando os aspectos relevantes do processo educativo do seu educando;
• Comparecer na escolar sempre que julgue necessário e quando for solicitado.

Quando a escola se aproxima da família e a família do processo educativo do aluno há uma aproximação positiva que resulta num maior desempenho académico dos alunos, por outro lado, quando há um baixo envolvimento parental na escola poderá haver um risco para o abandono e para o fracasso escolar. A interacção das famílias e da escola no processo educativo do aluno tem efeitos no seu desempenho escolar.

Para os alunos também há benefícios quando os pais se interessam pela sua escolaridade, têm uma maior motivação e como tal desenvolvem atitudes positivas em relação à aprendizagem, dando origem ao sucesso académico e pessoal. As potencialidades são transformadas em capacidades.


O desenvolvimento da criança está inevitavelmente ligado à escola e à família. Considerando que cada pessoa é autora e participante da sua história de vida, escola e família devem fomentar uma educação para a liberdade baseada na promoção da construção do projecto pessoal de vida de cada criança e facilitar as capacidades de cada um tendo em conta a sua individualidade.

Educar os filhos para que sejam pessoas responsavelmente livres é uma tarefa difícil e dura para os pais, mas é também uma tarefa apaixonante, pois a liberdade é a raiz da personalidade humana.

Os pais também devem ajudar a promover a aprendizagem como ler aos filhos, ouvi-los, conversar sobre diferentes temas, pedir-lhes a opinião, passear, ir a museus e locais históricos, entre muitas outras actividades. Os pais também têm a possibilidade de conhecer melhor a escola, os professores e colegas.

Tal como os pais, a escola educa para a liberdade, através do diálogo e da autoridade. Por isso, nestes dois campos, as posições são idênticas, quer para a família, quer para a escola, e pressupõem uma forte coordenação no modo de as pôr em prática.
Além disso, a escola educa através da sua maneira de actuar. Um educando aprende a ser livre quando os sistemas educativos lhe apresentam um padrão no qual ele pode desenvolver, progressiva e racionalmente, as suas capacidades críticas e de opção, dentro de um compromisso de obrigações que o aperfeiçoam como pessoa e o inserem na sociedade.

Podemos então destacar que Família e Escola têm uma missão comparticipada: a orientação pessoal do educando.

Texto adaptado daqui.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Semana Europeia da Mobilidade 2011 - Mobilidade Alternativa


A nossa escola foi convidada a participar activamente nesta semana e de que forma? A CMM convidou o "Arco-Íris" a decorar t-shirts para serem usadas no Passeio Pedestre, a decorrer no dia 16 de Setembro, pelas 20h30m, na Rua da Républica da nossa cidade.

Todas as nossas crianças, da sala dos 5 anos, bem como a Educadora Filomena, gostaram da ideia e dedicaram-se a este trabalho, ora espreitem lá!


















No dia 22 de Setembro, pelas 14.30 horas, no Auditório Municipal do Centro Cultural de Mirandela vai decorrer um Seminário intitulado “Mobilidade Sustentável – Uma Alternativa Positiva”. A recepção dos convidados ocorrerá pelas 14h30, tendo uma duração aproximada de 2h.

Poderão visualizar as restantes actividades no cartaz que se segue:

Ano lectivo 2011/2012







No "Arco-Íris" iniciamos o ano lectivo dando continuídade ao projecto do ano anterior. Desta forma, aprimoramos o nosso átrio da escola, bem como o corredor, com trabalhos realizados pelas nossas crianças, usando material de desperdício.

E digam lá que não ficou um autêntico jardim!

Obrigada a todos os pais e encarregados de educação que já nos felicitaram pelo trabalho. É com todo o gosto que todas as manhãs recebemos os vossos filhos neste jardim.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Adaptação à Creche: crianças e pais


Uma das principais preocupações dos Pais em relação à iniciação da Creche dos seus filhos é a Adaptação. Quando os pais colocam o seu filho numa Creche são portadores de vários receios e de imensas dúvidas:

- Será que o meu filho vai ficar bem?
- Será que lhe vão dar a devida atenção?
- Será que o vão mimar?
- Será…? Será… ?

Existem demasiadas dúvidas que perturbam muito os pais, principalmente nos primeiros dias de Creche. Todas estas dúvidas e inquietações, que tanto atormentam os pais, são compreensíveis e legítimas, pois vão deixar os seus pequenos “tesouros” com pessoas que lhes são estranhas; no entanto sem se aperceberem os pais são os principais transmissores de ansiedade e angústia para as crianças.

É geralmente conhecido que os bebés se adaptam com mais facilidade a tudo o que é novo, como novas situações e ambientes, e quanto mais cedo a criança entrar para a Creche, mais fácil será a sua adaptação, apesar de ser uma fase mais complicada para os pais, porque os seus pequenotes são demasiado indefesos.

Nesta fase inicial da vida de uma criança, principalmente quando vai para a Creche, há sempre um adulto na sala com quem a criança irá criar laços afectivos mais fortes e intensos, a esta situação, chama-se vinculação. Esta vinculação vai dar/trazer à criança uma maior segurança, que vai fazer com que esta se sinta protegida e consiga então, transmitir aos pais que está bem, serena e tranquila sempre que vai para a Creche. Por norma, numa fase inicial, aconselha-se os pais que nos primeiros dias a criança fique poucas horas na Creche, isto acontece porque a ansiedade dos pais é grande e reflecte-se nas crianças.

A Educadora Carina Portinha manifesta a sua opinião da seguinte forma:
"Na minha experiência profissional, como Educadora de Infância, e a trabalhar há 4 anos em salas, cujas crianças provém do meio familiar, normalmente tenho uma reunião individual antes do inicio do ano lectivo com os pais de cada criança, aos quais peço para que na primeira semana de creche a Adaptação seja gradual, isto é, no 1º dia de Creche dos filhotes, convido os pais a permanecerem na sala com as crianças toda a manhã, no 2º dia já deixarão a criança 1 hora na sala e os pais vão-os buscar após essa hora, no 3º dia a criança já fica toda a manhã e já almoça, e vai embora com os pais depois de almoçar, no 4º dia a criança para além de ficar toda a manhã, de almoçar também já irá dormir a sesta na Creche e no 5º dia a criança permanecerá um dia completo na Creche.
Uma adaptação feita nestes moldes ajuda a criança e os pais a se adaptarem de uma forma lenta e gradual, diminuído assim a ansiedade de ambos.
Costumo dizer que a adaptação dos pais é mais difícil que a das crianças, ou seja, uma criança habitua-se mais facilmente à separação da figura parental do que os pais à separação dos filhos."


Terminada a primeira semana de adaptação, é também importante referir que se a criança tiver algum objecto que a acompanha sempre (boneco, fralda de pano, etc.) é importante que esse objecto venha sempre com a criança, pois é chamado de Objecto de Transição. Estes objectos designados por  objectos transaccionais, são usados pela criança como um suporte na conquista da autonomia, uma vez que são uma espécie de substituto materno e permitem à criança organizar-se na ausência das figuras de referência. As crianças ao se sentirem sozinhas na cama, por exemplo, usam esses objectos para se sentirem mais confiantes.


Há diversos motivos que causam esta ansiedade, no entanto é importante que não se transmitam os receios, as angústias e as preocupações dos pais para as crianças, é por isso essencial que haja segurança por parte dos pais, quando vão deixar os filhos na Creche, mesmo que a criança chore ou implore para não ficar ali, é importante que os pais não cedam a este tipo de “chantagem” feita pelas crianças. A firmeza dos pais tem um papel extremamente importante nesta hora, pois há que explicar aos filhos com todo o carinho e amor que os vão buscar ao final do dia, porque apesar de gostarem muito deles têm de ir trabalhar. A criança aos poucos vai percebendo a rotina e saberá que ao fim do dia os pais a vão buscar, criando assim na criança segurança e estabilidade.

Neste período de ansiedade de separação e angústia a criança pode mostrar relutância em deixar a mãe, rabugenta e difícil de consolar, contudo este comportamento da criança acabara por desaparecer. Este período da adaptação não tem tempo certo de duração, vai depender de cada criança e de cada caso. Estima-se que apenas cerca de 3% a 4% das crianças não se conseguem adaptar à Creche e isto normalmente acontece por culpa de familiares directos (pais, avós, …) que reagem mal às rotinas e regras que serão impostas na criança.

"Por último, gostaria de deixar a minha opinião pessoal aos pais: “Quando o seu filho fizer uma “birra” a dizer que não quer ir para a Creche, poderá esta apenas querer testar os pais para ver se consegue fazer com que estes cedam, e assim atingir os seus objectivos, de fazer apenas o que deseja. Perante esta situação os pais, por muito que lhes custe, devem dar um mimo à criança, dizer-lhe que ela tem de ficar, porque os pais a vão buscar, e devem sair da Creche sem dar demasiada importância à “birra”, apesar de ser muito complicado para os pais, este comportamento é o mais adequado."

conteúdo retirado de Guia da Família, cedido pela Educadora Carina Portinha

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

APSI e RTP - A escolha da cadeirinha adequada no "Arco-Iris"


Para os pais que esta manhã levaram os filhos à nossa escola e se depararam com a campanha de sensibilização da APSI, em parceria com a PSP de Mirandela, este assunto já não lhes é estranho, bem como para quem teve a oportunidade de assistir ao Jornal da Tarde da RTP1 (poderão assistir à reportagem aqui).

Segundo a APSI, "as crianças não são adultos em miniatura e têm características específicas, que as tornam mais vulneráveis num acidente de automóvel!

A diferença mais determinante é o tamanho e peso da cabeça – que representa cerca de 25% do peso do corpo – combinada com um pescoço ainda frágil. Estas características levam a que, ao transportarmos uma criança no automóvel de frente para o trânsito, o movimento da cabeça possa provocar lesões muito graves e por vezes irreversíveis, no caso de um acidente. Se a criança viajar numa cadeirinha (Sistema de Retenção para Crianças) de costas para o trânsito, a sua cabeça e pescoço são apoiados uniformemente no momento do embate.

É por esta razão que a APSI recomenda que as crianças viajem no automóvel de costas para o sentido do trânsito até cerca dos 3 ou 4 anos. Esta recomendação é também suportada pela Aliança Europeia de Segurança Infantil e pela ANEC, European Voice of Consumers in Standardization, associação europeia de consumidores. Também a Direcção Geral da Saúde defende o transporte de crianças de costas desde o nascimento até aos 3 ou 4 anos, tendo publicado uma Orientação Técnica sobre esta matéria.

Embora só recentemente seja possível encontrar à venda em Portugal modelos de cadeiras que permitem transportar as crianças de costas até esta idade,
existem países (como a Suécia, por exemplo) em que a maior parte das crianças viaja de costas até aos 3 aos 4 anos; nestes países, a mortalidade como passageiro nestas faixas etárias é praticamente inexistente, o que demonstra que esta é uma opção eficaz na protecção das crianças."

Deixamos aqui o panfleto informativo, bem como a página da APSI, onde poderão obter mais esclarecimentos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Qual a importância do brincar

A Criança e o Brincar

Desde sempre vemos crianças a brincar, sozinhas ou em grupo, com ou sem brinquedos e inventando elas próprias diversas brincadeiras. O brincar é uma lembrança comum das vivências humanas, algo que todos já experimentámos. Mas qual a função dos brinquedos? Qual a importância do brincar? E como podemos estimular o brincar?

O brinquedo é o elo de ligação entre a criança e o mundo, através dele a criança comunica as suas emoções, pensamentos e conflitos, ele serve como catalisador da brincadeira. Os brinquedos devem ser usados para brincar, para a criança mexer, não para serem meros objectos decorativos inacessíveis à criança, os brinquedos que não brincam não servem o seu propósito de construção. Com o brinquedo a criança aprende, imagina, cria, comunica, ou seja, possibilita novas formas de ser e de estar.

O brincar é uma actividade que permite à criança desenvolver (Longuini):• Uma forma de aprender sobre si mesma e sobre o mundo que a rodeia;
• A criança é autora no seu próprio desenvolvimento, construindo e adaptando-se ao ambiente, modificando e actualizando os seus esquemas básicos;
• Desenvolve a capacidade de interacção e aprende a lidar com o limite;
• Aprende regras e normas sociais de comportamento e os hábitos determinados pela cultura;
• Elabora hipóteses para a resolução dos seus problemas;
• Toma atitudes além do comportamento habitual da sua idade, pois procura alternativas para transformar a realidade;
• Trabalha com o imaginário. Os seus sonhos e desejos na brincadeira podem ser realizados facilmente, quantas vezes o desejar, criando e recriando as situações que ajudam a satisfazer alguma necessidade presente no seu interior;
• Experimenta emoções como a alegria, a tristeza e o medo;
• Ganha autoconfiança e aprende a fortalecer os seus laços afectivos;
• É uma forma agradável de crescer;
• Desenvolve a linguagem e a narrativa;


O brincar na criança favorece o desenvolvimento de vários aspectos da personalidade mas, para tal, é necessário que o ambiente também facilite o brincar da criança. Desta forma, pais e educadores poderão contribuir de forma eficaz (Longuini):• Ao disponibilizarem tempo para as brincadeiras;
• Estarem atentos à idade e às necessidades de cada criança para disporem de brinquedos adequados;
• Respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças;
• Enriquecer e valorizar as brincadeiras realizadas pelas crianças; Integrar-se como participante das brincadeiras, interessando-se por elas, serem autênticos;
• Colocarem-se ao nível da criança e reflectirem sobre as brincadeiras e sentimentos;
• Ajudar a resolver conflitos;
• Considerar as preferências de cada criança. Através das brincadeiras ela terá a oportunidade de expressar os seus interesses, necessidades e preferências. O papel do educador será o de propiciar-lhes novas oportunidades e novos materiais que enriqueçam as suas brincadeiras, porém, respeitando a vontade e a motivação da criança de forma a não forçá-la a realizar determinada brincadeira ou a participar;
• Não reforçar papéis sexistas e/ou outros valores do educador que limitem a expressão da criatividade e da personalidade;
• A brincadeira é centrada na criança, é ela a personagem principal, os pais e educadores acompanham-na nesta aventura.

A brincadeira é uma necessidade da criança, quanto mais ela brinca melhor consegue superar os seus conflitos e as suas dificuldades, estando assim disponível para um desenvolvimento positivo.

Texto retirado daqui.